Na última semana
o Papa Francisco tornou-se o primeiro líder do Vaticano a dedicar uma encíclica
ao meio ambiente. Na encíclica, “Louvado
Seja” ele associa a degradação ambiental, e o aumento da pobreza
mundial. O texto inédito, se constitui num apelo urgente para a humanidade sair
da “espiral da autodestruição”.
No
documento, o Papa condena o atual modelo de desenvolvimento focado no
consumismo e na obtenção do lucro imediato, além de denunciar “a incoerência de
quem luta contra o tráfico de animais em risco de extinção, mas fica
completamente indiferente perante o tráfico de pessoas, desinteressa-se dos
pobres ou procura destruir outro ser humano do qual não gosta”.
Segundo
Francisco os governos locais devem combater as “propostas de
internacionalização da Amazônia, que só servem aos interesses econômicos e
civis das corporações internacionais. O documento menciona também a “dívida
ecológica” particularmente entre o Norte e o Sul, ligada a desequilíbrios
comerciais com consequências no âmbito ecológico e com o uso desproporcional
dos recursos naturais efetuado historicamente por alguns países. Se a Amazônia
entrar em um processo irreversível de destruição toda a humanidade perderá.
O combate a
idolatria do mercado é enfático, ao frisar que a fome e a miséria não acabarão
“simplesmente com o crescimento do mercado. O mercado, por si mesmo, não
garante o desenvolvimento humano integral nem a inclusão social”.
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