Ao ler um livro do seu
autor preferido, o homem mais rico do mundo ficou chocado com a comparação
entre o uso de recursos pela China e pelos Estados Unidos
João Pedro Caleiro, de Exame.com
Nos últimos 3 anos,
entre 2011 e 2013, a China usou mais cimento (6,6
gigatoneladas) do que os Estados Unidos em todo o século XX (4,5
gigatoneladas).
O número vem do livro
"Making the Modern World: Materials and Dematerialization" (em
tradução livre, "Fazendo o Mundo Moderno: Materiais e Desmaterialização),
do historiador tcheco-americano Vaclav Smil.
Ele é o autor
preferido de Bill Gates, que dedicou um post inteiro no seu blog para o assunto.
Desde que deixou o dia-a-dia da Microsoft, o homem mais rico do mundo tem se
dedicado a iniciativas filantrópicas da sua fundação.
Ele acredita que
"a questão dos materiais - quanto nós usamos e quanto precisamos - é chave
para ajudar as pessoas mais pobres do mundo a melhorarem suas vidas". De
acordo com o livro de Smil, vivemos hoje uma "desmaterialização
relativa". Gates explica: "Na medida em que a inovação nos permite
fazer um produto de forma mais eficiente, com menos materiais e energia, os
preços caem e o consumo sobe. Menos metal por telefone, só que mais telefones,
então mais metal no balanço final."
O caso chinês ilustra
como ocorre a pressão: a urbanização intensa usa muitos recursos naturais
(principalmente cimento), mas gera renda que gera consumo, o que por sua vez
também aumenta a demanda por recursos. A dúvida é: como continuar esse ciclo
sem detonar o meio-ambiente?
Para Smil e Gates, o
ritmo de aumento do consumo e do padrão de vida não vai diminuir tão cedo.
Portanto, a única solução para evitar uma escassez no futuro é melhorar a
eficiência e encontrar substitutos, além de apoiar fontes sustentáveis de
energia.
Veja o tuíte de
Gates:
E no link abaixo
você vê um vídeo de Vaclav Smil explicando a questão:

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