A Conferência do Clima promovida pelas Organizações das Nações Unidas em
Nova York tem a finalidade de engajar os líderes mundiais no avanço da agenda
climática. A Cúpula servirá como uma plataforma pública para que os líderes
mundiais – Estados-membros da ONU, setor privado, sociedade civil e líderes dos
setores público e privado – mostrem o que estão fazendo e possam compartilhar
os passos que irão tomar nas áreas mais críticas para que a temperatura do
mundo suba menos de 2 graus Celsius.
No evento de hoje o ator e ativista Leonardo Di Caprio se disse honrado
por estar no evento representando um dos 400 mil cidadãos que marcharam nas
ruas de Nova York e outros bilhões ao redor do mundo que querem contribuir para a solução da crise climática. No seu discurso ele usou da sua experiência no cinema para
ilustrar o discurso:
“Como ator eu represento para viver. Eu interpreto personagens fictícios que resolvem problemas fictícios. Eu acredito que a Humanidade tem olhado para as mudanças climáticas da mesma forma: como se fosse ficção, acontecendo no planeta dos outros, como se não fosse real ou, de alguma forma fosse passar.
“Como ator eu represento para viver. Eu interpreto personagens fictícios que resolvem problemas fictícios. Eu acredito que a Humanidade tem olhado para as mudanças climáticas da mesma forma: como se fosse ficção, acontecendo no planeta dos outros, como se não fosse real ou, de alguma forma fosse passar.
Toda semana assistimos a evidências de que as mudanças climáticas estão
aqui agora. Sabemos que os
alagamentos estão se intensificando, nossos oceanos estão se aquecendo e
ficando mais ácidos devido ao metano que emerge do fundo do mar. Assistimos a
eventos climáticos extremos, aumento de temperaturas e o derretimento das
calotas polares em níveis sem precedentes, décadas à frente das projeções.
Nada disso é retórica, e nada disso é histeria. Isso é fato. A
comunidade científica sabe, a indústria e o governo sabem, até as Forças
Armadas sabem disso. Vocês podem fazer História... ou serem vilipendiados por
ela. Para ser claro, não se trata apenas de falar para as pessoas mudarem as
lâmpadas que usam ou testarem carros híbridos. O desastre tem crescido além das
escolhas individuais. Agora isso tem a ver com nossas indústrias, e as decisões
tomadas por governos ao redor do mundo, em ações de larga escala.
Eu não sou cientista, mas nem preciso ser. Porque a comunidade
científica tem falado, nos deu prognósticos, e se não agirmos juntos,
pereceremos. Agora é nossa vez de agir.
Precisamos colocar uma etiqueta de preço nas emissões de carbono, e
eliminar os subsídios do governo para carvão, gás e empresas de petróleo.
Precisamos pôr fim à isenção que as indústrias poluidoras têm em nome da
economia de mercado. Até a economia morrerá se nosso ecossistema entrar em
colapso.
A boa notícia é que a energia renovável não é apenas possível, mas uma
boa política econômica. Novas pesquisas mostram que até 2050, a energia limpa
poderá fornecer 100% das necessidades mundiais e ainda criar milhões de
empregos. Resolver esta crise não é uma questão de política. É obrigação moral.
Só temos um planeta.
A Humanidade deve tornar-se responsável em grande escala pela a
destruição gratuita de nossa casa. Proteger o nosso futuro neste planeta depende
da evolução consciente de nossa espécie. Esta é a mais urgente das vezes, e a
mais urgente das mensagens.
Delegados, líderes mundiais, eu represento para viver. Mas vocês não. As
pessoas se fizeram ouvir no domingo em todo o mundo e o impulso não vai parar.
E agora é a vez de vocês, o tempo para responder ao maior desafio de nossa
existência neste planeta ... é agora.
Peço-lhes que enfrentem isso com coragem. E honestidade. Obrigado”.
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