segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Efeitos do clima provocaram a migração de 22 milhões de pessoas em 2013




Recorde infeliz. Triste sina.

As mudanças climáticas levaram 22 milhões de pessoas a perderem suas casas no mundo durante o ano passado. O levantamento, apresentado na Conferência do Clima (COP 20) em Lima, lista um número elevado de tragédias naturais, como tempestades na ilha caribenha de São Vicente e Granadinas, inundações no Sudão do Sul, ciclones em Bangladesh e um terremoto nas Filipinas. Contando a partir a 2008, foram 140.

De acordo com o Centro de Monitoramento de Deslocamento Interno (IDMC, na sigla em inglês), 85% das pessoas atingidas o que significa algo como 19 milhões — estão em países em desenvolvimento. O risco de desalojados por novas catástrofes quadruplicou desde 1970.

Cerca de 30% da população mundial vivem em regiões cuja economia é baseada em recursos naturais. Quando os eventos extremos atacam esta fonte de renda, não resta muito senão migrar. E a incógnita é se outros países estão prontos para receber o crescente contingente de refugiados climáticos. Os principais exemplos hoje são os Estados insulares do Pacífico. Kiribati precisou comprar terras em Fiji, e as Maldivas fizeram o mesmo na Austrália. Mas estes casos lidam com populações pequenas. No futuro, este contingente será maior.


No ano passado, 80,9% dos desalojados pelas catástrofes eram asiáticos, enquanto apenas 0,3% eram europeus — um sinal da desigualdade social e do caminho que os refugiados das tragédias naturais devem seguir. Segundo o último relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, os imigrantes podem ser hostilizados em países ricos. Os governos devem criar um financiamento voltado à mobilidade da população.

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